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Caros Estudantes


Este blog foi criado pensando em todos vocês. A UNDE, hoje, conta com mais de mil membros espalhados por todo o país. Temos representantes em Niassa-Cuamba, Cabo Delgado-Pemba, Nampula-Cidade de Nampula, Sofala- Beira e agora com um grupo focal na Zambézia-Quelimane estando a nossa Sede Nacional em Maputo.
As nossas actividades, de hora em diante, serão divulgadas igualmente neste espaço. Queremos convidá-los a enviarem-nos mensagens contando o vosso dia-a-dia nas instituições de ensino.

Desde 1996 trabalhando por uma educação sã!

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Maputo/ Moçambique


A Direcção



quarta-feira

Violada pelo próprio tio


Violada pelo próprio tio
Diana Afonso Kumaio de 18 anos de idade, desabafou a UNDE ter sido vítima de uma violação sexual protagonizada pelo seu próprio tio, irmão legítimo do pai. Este é um pesadelo que viveu com ela desde os seus 13 anos de idade, altura da ocorrência do facto.

 Diana estudante da 12ªclasse, residente do bairro da Mafalala nos arredores da cidade de Maputo, é filha única, cresceu sozinha sem companhia das outras crianças dentro de casa. Durante o crescimento a vida dela era só acordar ir a escola e voltar ficar em casa, fazer deveres de casa e brincar na companhia da empregada enquanto os pais trabalhavam.
Passado vários anos, o pai chamou o irmão dele mais novo da província para viver junto com eles em Maputo, uma vez que, este já tinha concluído a 12ªclasse mas não tinha conseguido entrar na faculdade e nem tinha emprego e em Maputo teria oportunidade para arranjar emprego. Então foram vivendo com ele até que dispensaram a empregada alegando que não havia necessidade de ter empregada, na medida em que o tio da Diana ainda não tinha conseguido emprego, poderia muito bem tomar conta da menina enquanto eles, os pais, estivessem no local de trabalho.
Nessa altura, Diana tinha 13 anos e quando os pais fossem trabalhar, o tio ficava a dar banho, comida, ia a buscar na escola e muito mais. Nos primeiros dias cuidava muito bem dela e foi tudo bonito, até que chegou um dia que quando o tio foi a buscar na escola, chegou a casa serviu-a comida, comprou sorvete e muitos doces, fez algumas carícias e depois disso chamou-a para brincar no quarto em cima da cama. “Me chamou para o quarto e disse que queria me ensinar coisas muito bonitas”, disse Diana. E depois disse que não podia contar a ninguém porque se não ele iria ser mandado embora da casa, e que ela ficaria sem o tio para a comprar sorvete e brincar. Então ela jurou não contar a ninguém tudo o que iria acontecer alí. O tio mandou a sobrinha tirar a roupa interior(a calcinha) e depois a deitou na cama e posteriormente a violou. Depois do tio estuprar levou a sobrinha para o banho e pediu para que nunca contasse a ninguém tudo o que tinha acontecido, dizendo que se os pais souberem iriam a matar. Diana ficou assustada e preferiu não contar a ninguém.
O tempo foi passando e ela foi crescendo mas sem se esquecer do sucedido. Enquanto crescia ganhava mais consciência sobre o assunto e constituia um grande pesadelo e dores no seu coração.
Já aos seus 18 anos, alguns dias depois de ter acompanhado uma palestra com o tema “Violência sexual e seus riscos”, promovida pela UNDE na sua escola, Diana foi para o escritório da mesma, no Gabinete de Apoio Estudantil (GAE), onde contou pela primeira vez esse episódio que a sufocou durante cinco anos, pedindo apoio.
Durante o desabafo, Diana disse estar a sofrer com isso tudo a cinco anos, mas nunca teve a coragem de contar os pais.
Conta que o tal tio estuprador agora esta a trabalhar, tem a sua família, e quando se encontram em convívios familiares ele finge que nunca aconteceu nada ou seja ele acha que Diana já esqueceu tudo, não se lembra de nada.
Ela diz que se sente mal as vezes quando está numa conversa com as colegas e amigas e contam das suas primeiras vezes que conheceram os seus namorados se doeu ou não, se foi com o namorado amado com quantos anos, isso tudo lhe deixa muito nervosa e o pior é que ela nem pode compartilhar a dor dela com colegas, porque só de imaginar que foi desvirginada pelo próprio tio, dentro da casa dos seus próprios pais e depois deixou isso impune, fica transtornada. Para os devidos efeitos, a UNDE está a fazer um acompanhamento desta situação.

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«Falar da corrupção é falar de uma peste que enferma ou afecta todas as partes dos extractos sociais. Constitui um mal sem fronteiras.
De acordo com pessoas amigas da paz, o conflito pode ocorrer quando um indivíduo, comunidade, ou grupo de pessoas sente que uma outra comunidade ou grupo interfere nas suas aspirações.»