Alunas lavam carros para pagar a passagem de classe

Alunas em Nampula, lavam carros nas artérias da cidade como alternativas de ter “algum dinheiro” para pagar propinas e aos seus professores a fim de transitarem de classe nas escolas que frequentam.

Está, é uma nova maneira adoptada de ganhar a vida sem recorrer a prostituição infantil que é imoral e não do bom senso, acto frequente naquela cidade capital do norte.
São raparigas nas idades entre onze e dezasseis anos, que dedicam se à limpeza de viaturas estacionadas em locais públicos, nos hotéis, nos centros comerciais e nos mercados. Segundo elas é uma actividade rentável para o aliviar as condições de vida.
Memuna, Maria e Bety, são estudantes e trabalham como limpadoras de carros. Uma das suas áreas de serviço é nas bermas do Hotel Girassol. Em contacto com elas , contam que entraram para este tipo de serviço por influência dos amigos do bairro(Namicopo). Eles saem todos os dias de manhã e regressam à noite cheio de dinheiro. A Memuna, a mais velha das três jovens, com dezasseis anos, estudante da sexta classe disse que o senhor professor pediu-lhe setecentos meticais para passar de classe e como não tinha, os amigos, que frequentam naquele sitio convidaram-lhe e aceitou porquê quer também ter o seu dinheiro”.
Essas, fazem este tipo de serviço de noite e não de dia porque tem medo que as pessoas que lhe vissem rir-se-ão delas.

Carros simpatizantes do blog da UNDE, o que acham desse facto? Dé a sua opinião.

Professor escapa as acusações

Em Novembro de 2010 na Escola Secundária de Cuamba, uma aluna acusa um professor, alegando que sempre foi excluída dos exame por se recusar a manter relações sexuais com o professor.

Através do GAE, o caso foi apresentado a direcção da escola e o professor foi chamado a responder, pelo que o mesmo negou as acusações. Foi solicitada a aluna a apresentar todos os testes escritos e foi visto que o aproveitamento era negativo, mesmo em relação a outras disciplinas, o que tornou difícil provar o assédio sexual do professor. Contudo, o assunto chegou a direcção distrital de educação que por sua vez devolveu o assunto a direcção da escola. Neste contexto, a UNDE encorajou a referida aluna para que tenha um bom aproveitamento em todas as disciplinas e que para tal deve se aplicar mais nos estudos, pois dos factos apresentados torna-se muito difícil provar a exclusão aos exames da referida aluna.

“ a educação tem raizes amargas, mas os seus frutos são doces” (Aristóteles)

Aprender é superar dificuldades, pular barreiras e ultrapassar empecilhos.

Segundo especialistas, toda aprendizagem é uma violéncia. Empurrar os muros da ignorância é uma violência. Iluminar a escuridão é uma violência. A excelência requer este tipo de violência. Tal como os jogadores, ginastas e atletas, que para se fazerem desportistas de eleição têm que esforçar, violentar os seus músculos, para os desenvolver. Para aprender é preciso esforçar, explorar a mente. Não se aprende com facilitismo. Aprende-se com esforço e sacrifício intensos. (29/12/10-MAGAZINE INDEPENDENTE)

João Mazingo

Dados Preocupantes

Inquérito mostra que muitas das raparigas nas escolas sofrem de assédio

O inquérito feito pela UNDE que teve em vista oferir o conhecimento dos estudantes acerca dos seus direitos e deveres, centrando-se em temas como: favores sexuais entre professores e alunas e pagamento de dinheiro pelos alunos para a obtenção de boas notas e respectivo aproveitamento final.

Foram inqueridos um total de 545 estudantes em quatro cidades (Cuamba, Maputo Cidade, Nampula e Pemba). Dos quais, 111 raparigas responderam as perguntasdos que pessoalmente sofreram de assédio sexual pelos professores com maior percentagem em Nampula, onde 62% das entrevistadas foram vitímas desse mal.

Gravidezes nas alunas

Das entrevistadas, 36% conhecem colegas que ficaram grávidas depóis duma relação sexual com o professor. A Cidade de Nampula supera com 70% das respostas afiramtivas. E ´não só, ainda em Nampula, 66% responderam que há professores que fazem propostas de práticas sexuais em troca de bons resultados pedagógicos.

Exigem dinheiaro

Dos 545 estudantes 38% já foram aliciados por professores, solicitando dinheiro para passagem de classe, 21% aceitaram pagar aos professores. Na Cidade de Maputo, somente 7% pagaram aos professores.

Má conduta das raparigas

Os estudantes também precisam de informação sobre bom comportamento. Em Cuamba 23% das 50 raparigas responderam que já se ofereceram para a práticar sexo com o professor em troca de boas notas .